Desafios e Tendências da Gestão Fiscal dos Estados Brasileiros – Uma visão Estratégica
Desafios e Tendências da Gestão Fiscal dos Estados Brasileiros – Uma visão Estratégica
O artigo visa analisar os
desafios e tendências da gestão fiscal dos estados brasileiros (também
aplicável aos municípios – apenas os índices e formato de trabalho, não as
grandezas e dados informados), com foco na sustentabilidade fiscal e na
qualidade do gasto público.
“... apesar
dos avanços na gestão fazendária dos últimos 20 anos, é necessário incrementar
as ações com o objetivo de reduzir a disparidade que ainda existe na capacidade
institucional das administrações fazendárias estaduais”
Os indicadores
trabalhados que foram identificados são o da Dívida líquida total; Receita
corrente líquida; Despesa corrente líquida; Poupança corrente; Investimentos
líquidos; Resultado primário; Carga tributária; Qualidade do gasto público.
Análise dos indicadores:
Os indicadores utilizados neste artigo
são relevantes e importantes para a análise da Gestão Fiscal dos Estados,
também são utilizados nas apresentações de resultados e relatórios de gestão e
Relatórios de Metas Fiscais. Essas apresentações são obrigatórias para Estados,
Municípios. Indicadores permitem avaliar a capacidade dos estados de gerar
superávits primários, o que é fundamental para o pagamento da dívida pública e
para a realização ou captação de investimentos.
Na página 165 encontramos a
tabela nº que expressa justamente o resultado de dívida de cada Estado:
Este Indicador – o indicador de
dívida de cada estado mostra o montante total que o estado deve a seus
credores, tanto internos quanto externos. É um indicador importante da saúde
fiscal do estado e pode ser usado para avaliar a capacidade do estado de honrar
seus compromissos financeiros.
O Gráfico número 1 mostra a
Relação entre a Dívida Consolidada Líquida e a Receita Corrente Líquida dos
Estados:
Este indicador mostra a
proporção entre as dívidas de um ente público e sua capacidade de gerar
receita. É um indicador importante para avaliar a sustentabilidade fiscal e a
saúde financeira do ente, também permite identificar se ele está em uma
situação de risco de inadimplência.
Na página 167 é apresentada a
Tabela n. 2 – Contratos de dívida negociados com a União:
O indicador que também está
presente no “Painel de Monitoramento Fiscal” do Tesouro Nacional, traz
informações sobre a renegociação de dívidas estaduais com a União Federal.
Nesta tabela encontram-se informações importantes dos contratos, até mesmo a
taxa de juros praticada.
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O indicador Relação de Parceria
Público-Privada (PPP) mostra a proporção entre os investimentos realizados
através das PPP’s e o total de investimentos realizados pelo Estado. É uma
forma de medir e publicar/divulgar a participação do setor privado no
financiamento de projetos públicos:
A partir da página 182 é feita a
análise baseado na Governança das Compras Públicas, um indicador interessante
para possibilitar uma análise geral de forma visual é o utilizado na página
193:
Ele permite uma avaliação rápida
da eficiência e transparência dos processos de compras públicas de um
determinado ente público. Também – aliado aos demais indicadores apresentados –
pode identificar gap’s em diversos aspectos dos processos: desde o planejamento
até a execução ou ainda, gap’s em tecnologia.
Um indicador que se relaciona
diretamente com a Gestão – a partir da página 222 – e, busca elucidar a
influência que a qualificação e outros fatores irão exercer.
Os indicadores que são apresentados
a partir daí, são cruciais para avaliar a eficiência e a efetividade da
Administração Pública em cada Estado. Ele permite uma análise comparativa entre
os estados, destacando as boas práticas e os pontos que precisam ser
aprimorados. Aspectos considerados: Transparência; Eficiência; Efetividade;
Responsabilidade; Sustentabilidade, uma forma de destacar é através da
observação da figura 3 da página 231:
O artigo é bastante completo,
rico em detalhes, utiliza os indicadores de forma adequada clara e concisa, os
autores fornecem informações sobre a fonte dos dados e o método de construção
dos indicadores.
Os autores utilizam os
indicadores para realizar uma análise comparativa entre os estados brasileiros.
Essa análise é útil para identificar os estados que apresentam melhor
desempenho fiscal e os estados que apresentam maior risco de inadimplência.
Os indicadores utilizados no
artigo estão totalmente relacionados com os principais temas da disciplina de
Gestão de Indicadores, é possível afirmar que o artigo selecionado é um bom
exemplo de como os indicadores podem ser utilizados para analisar a gestão
fiscal dos Estados.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Economia. Secretaria do Tesouro Nacional. Desafios
e tendências da gestão fiscal dos estados brasileiros: 2013 – Uma visão
estratégica. Brasília: Ministério da Economia, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/economia/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/integra/programas-anteriores/pmimf/frentes-de-atuacao/frente-de-planejamento-estrategico/download-de-arquivos/desafios-e-tendencias-da-gestao-fiscal-dos-estados-brasileiros-2013-uma-visao-estrategica>. Acesso em: 20 de março de 2024.
Brasil. Tesouro Nacional. Dívidas refinanciadas com a União. Brasília:
Tesouro Nacional, 2023. Disponível em: <https://www.tesourotransparente.gov.br/temas/estados-e-municipios/dividas-refinanciadas-com-a-uniao>. Acesso em: 21 de março de 2024.
Selecionado por afinidade e, motivação de ser o
atual Secretário de Orçamento e Finanças (já chamada de Fazenda) do Município
de Ibiraiaras/RS, foi escolhido o artigo:
Desafios e Tendências da Gestão Fiscal dos Estados
Brasileiros – Uma visão Estratégica
É voltado
aos Estados porém, não encontrei um artigo público interessante e completo
voltado aos municípios.
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